28/01/2020

No piloto automático?

Você sabe que encontrou a felicidade, quando vive um momento que não quer que acabe.”

(Clóvis de Barros filho, filósofo)


No piloto automático?

Ao observarmos a vida, num contexto temporal, rotineiro de cada ano, nos deparamos com o piloto automático a nos dar a rota. Alguns já   fazendo as contas de quantos feriados teremos, aqueles que de fato caem no meio da semana; de quando é o carnaval, etc. Algo como consolo depois das férias, a pressentir folgas dentro do tom automático da vida. No mundo do consumo, uma rotina permanente, Natal, Dia das mães, Dia dos namorados, e assim por diante, a estimular as necessidades.  Viver sob a pressão de necessidades – uma dependência.

O viver o presente

O   filósofo Clóvis de Barros Filho, jocosamente, utiliza em suas palestras uma verdade para ilustrar a corrida da vida. O sujeito passa a vida numa busca sem limites e quando já sem vida no caixão, terá enfim a sua recompensa pela sua vida desenfreada: “Não se entristeçam, o melhor está por vir, o reino dos céus especialmente preparado àquele cujo corpo aqui se encontra!”

O quando

Não nos damos conta de que não precisamos esperar os Happy hour, finais de semana, feriados e sim encontrar algo que nos alegre por estamos fazendo o que gostamos no “aqui e agora”. A natureza nos dotou de algo que nos diferencia, que gostamos, pelos quais os praticando nos faz bem. É necessário que saibamos encontrá-lo.  Se focando nele poderemos nos sentir úteis, buscando a nossa excelência naquilo. 

As frustrações

O nosso vazio pode advir de sempre estamos na procura de satisfazer nossos desejos imediatos. Não temos propósitos baseados em valores permanentes. Ao satisfazermos um desejo não existe mais a falta, surgirá novo desejo. O sujeito vê uma novidade, cria-se o desejo e a satisfaz. De repente surge algo tentador, um novo desejo lhe perturba a necessidade lhe toma conta. A felicidade balança pela dependência. O poeta sabiamente coloca “esta felicidade existe sim, mas, nunca a encontramos pois a colocamos sempre onde nós não estamos.”  

A lucidez da busca

E as canções reprisam esta visão da corrida da vida, como: “de tanto correr pela vida sem freio, me esqueci que a vida se vive num momento; de tanto querer ser em tudo o primeiro, me esqueci de viver os detalhes pequenos”, ou ainda: “Nesta longa estrada da vida, vou correndo e não posso parar, na esperança de ser campeão, alcançando o primeiro lugar”. A vida está no aqui e agora, nos detalhes. O sentir-se bem consigo mesmo lhe dá a condição de suportar a dor.

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