A vida nos derruba, nos levanta, nos ensina.
Encontre seu caminho!
Você sabe que encontrou a felicidade, quando vive um momento que não quer que acabe.”
(Clóvis de Barros filho, filósofo)
No piloto automático?
Ao observarmos a vida, num contexto temporal, rotineiro de cada ano, nos deparamos com o piloto automático a nos dar a rota. Alguns já fazendo as contas de quantos feriados teremos, aqueles que de fato caem no meio da semana; de quando é o carnaval, etc. Algo como consolo depois das férias, a pressentir folgas dentro do tom automático da vida. No mundo do consumo, uma rotina permanente, Natal, Dia das mães, Dia dos namorados, e assim por diante, a estimular as necessidades. Viver sob a pressão de necessidades – uma dependência.
O viver o presente
O filósofo Clóvis de Barros Filho, jocosamente, utiliza em suas palestras uma verdade para ilustrar a corrida da vida. O sujeito passa a vida numa busca sem limites e quando já sem vida no caixão, terá enfim a sua recompensa pela sua vida desenfreada: “Não se entristeçam, o melhor está por vir, o reino dos céus especialmente preparado àquele cujo corpo aqui se encontra!”
O quando
Não nos damos conta de que não precisamos esperar os Happy hour, finais de semana, feriados e sim encontrar algo que nos alegre por estamos fazendo o que gostamos no “aqui e agora”. A natureza nos dotou de algo que nos diferencia, que gostamos, pelos quais os praticando nos faz bem. É necessário que saibamos encontrá-lo. Se focando nele poderemos nos sentir úteis, buscando a nossa excelência naquilo.
As frustrações
O nosso vazio pode advir de sempre estamos na procura de satisfazer nossos desejos imediatos. Não temos propósitos baseados em valores permanentes. Ao satisfazermos um desejo não existe mais a falta, surgirá novo desejo. O sujeito vê uma novidade, cria-se o desejo e a satisfaz. De repente surge algo tentador, um novo desejo lhe perturba a necessidade lhe toma conta. A felicidade balança pela dependência. O poeta sabiamente coloca “esta felicidade existe sim, mas, nunca a encontramos pois a colocamos sempre onde nós não estamos.”
A lucidez da busca
E as canções reprisam esta visão da corrida da vida, como: “de tanto correr pela vida sem freio, me esqueci que a vida se vive num momento; de tanto querer ser em tudo o primeiro, me esqueci de viver os detalhes pequenos”, ou ainda: “Nesta longa estrada da vida, vou correndo e não posso parar, na esperança de ser campeão, alcançando o primeiro lugar”. A vida está no aqui e agora, nos detalhes. O sentir-se bem consigo mesmo lhe dá a condição de suportar a dor.
Nascemos, crescemos e gradativamente vamos nos deparando com o mundo nesta diversidade que se nos apresenta. Aos poucos vamos criando consci...